de Joana Providência
Fomos atraídos para a obra de Alberto Carneiro mergulhando na ancestral essência da natureza, à qual pertencemos.
Percorremos lugares, recordamos paisagens e territórios inscritos e mapeados no corpo e no gesto. Apropriamo-nos das matérias e lançamo-nos na descoberta de relações que transformam e transportam esse enorme corpo formado pelos sete intérpretes.
Evocamos os quatro elementos, respiramos em uníssono e encontramos um sentido para este “meu corpo enquanto projeção universal que ultrapassa os limites do terreno.” (A. Carneiro)Descobrimos texturas e geometrias de movimento que nos falam de uma clareira de bétulas.
Construímos paisagens de corpos que se debatem num diálogo sem fim.
Fomos arrastados pela organicidade do movimento que habita o interior de cada um e percebemos como esse pulsar é um estímulo gerador de movimento entre corpos.
Entendemos que “esta linha que percorre as memórias dos nossos tempos vivos é uma obra de arte” (A. Carneiro)
Conquistamos estas memórias, matéria de lugares, cheiros, rumores e gestos do passado, e tateamos as linhas e inquietações do corpo como cartografia de territórios.
Joana Providência
Direcção ? Joana Providência
Figurinos ? Lola Sousa
Desenho de Luz ? Vasco Ferreira
Sonoplastia ? Carlos Reis e Luis Aly
Espaço cénico ? Cristóvão Neto
Intérpretes e co-criadores ? Joana Castro, João Vladimiro, Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Paulo Mota, Sara Dal Corso e Tânia Almeida
Co-produção ? ACE/Teatro do Bolhão | Culturgest | Comédias do Minho
Direcção técnica ? Pedro Vieira de Carvalho
Design gráfico ? Bernardo Providência
Agradecimentos ? Alberto Carneiro, Catarina Rosendo, Irene Ferreira, Magda Henriques
Ensaio geral, Culturgest